segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Atividade realizada no curso de LINUX - NTE - Joinville

Este registro apresenta-se como pré-requisito de conclusão do Curso de LINUX - NTE/Joinville, realizado em 2010. Este blog, a partir desta data será utilizado para postar atividades dos meus alunos da Escola Maestro, bem como sugestões e contribuições dos professores e seguidores. As orientações para a realização deste trabalho é da Professora Fabia e da Professora Noelci.Sejam bem vindos!!!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

JUAN IGNACIO POZO


"Vivemos em uma sociedade da
aprendizagem, na qual aprender
constitui uma exigência social
crescente que conduz a um paradoxo:
cada vez se aprende mais e cada vez
se fracassa mais na tentativa de aprender"

RUBEM ALVES - Para refletir

“De tudo o que Dostoievski escreveu em Os Irmãos Karamazov o que mais me impressionou foi o incidente do “Grande Inquisidor”. É assim: Jesus havia voltado à terra e andava incógnito entre as pessoas Todos o reconheciam e sentiam o seu poder, mas ninguém se atrevia a pronunciar o seu nome. Não era necessário. De longe o Grande Inquisidor o observa no meio da multidão e ordena que ele seja preso e trazido à sua presença.. Então, diante do prisioneiro silencioso, ele profere a sua acusação.
“Não há nada mais sedutor aos olhos dos homens do que a liberdade de consciência, mas também não há nada mais terrível. Em lugar de pacificar a consciência humana, de uma vez por todas, mediante sólidos princípios, Tu lhe ofereceste o que há de mais estranho, de mais enigmático, de mais indeterminado, tudo o que ultrapassava as forças humanas: a liberdade. Agiste, pois, como se não amasses os homens... Em vez de Te apoderares da liberdade humana, Tu a multiplicaste, e assim fazendo, envenenaste com tormentos a vida do homem, para toda a eternidade...”


O Grande Inquisidor estava certo.Ele conhecia o coração dos homens. Os homens dizem amar a liberdade, mas, de posse dela, são tomados por um grande medo e fogem para abrigos seguros. A liberdade dá medo. Os homens são pássaros que amam o vôo, mas têm medo dos abismos. Por isso abandonam o vôo e se trancam em gaiolas.”

“Somos assim:sonhamos o vôo mas tememos a altura . Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o vôo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso o que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o vôo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde onde as certezas moram.
É um engano pensar que os homens seriam livres se pudessem, que eles não são livres porque um estranho os engaiolou, que eles voariam se as portas estivessem abertas. A verdade é oposto. Não há carcereiros. Os homens preferem as gaiolas aos vôos. São eles mesmos que constroem as gaiolas em que se aprisionam...”







sábado, 24 de outubro de 2009

Freire...

" A grande força sobre que alicerçar-se a nova rebeldia é a ética universal do ser humano e não a do mercado, insensível a todo reclamo das gentes e apenas aberta à gulodice do lucro. É a ética da solidariedade humana...Prefiro ser criticado como idealista e sonhador inveterado por continuar, sem relutar, a apostar no ser humano, a me bater por uma legislação que o defenda contra as arrancadas agressivas e injustas de quem transgride a própria ética." (Pedagogia da Autonomia)

Ensinar exige criticidade

" Não há para mim, na diferença e na 'distância' entre a ingenuidade e a criticidade, entre o saber de pura experiência feito e o que resulta dos procedimentos metodicamante rigorosos, uma ruptura, mas uma superação. A superação e não a ruptura se dá na medida em que a curiosidade ingênua, sem deixar de ser curiosidade, ao contrário, sem deixar de ser curiosidade, se criticiza. Ao criticizar-se, tornando-se então, permito-me repetir, curiosidade epistemológica, metodicamente 'rigorizando-se' na sua aproximação ao objeto, conota seus achados de maior exatidão. Na verdade, a curiosidade ingênua que, 'desarmada', está associada ao saber do senso comum, é a mesma curiosidade que, criticizando-se, aproximando-se de forma cada vez mais metodicamente rigorosa do objeto cognoscível, se torna curiosidade epistemológica. Muda de qualidade mas não de essência."

                                           Paulo Freire (Pedagogia da Autonomia)

Pedagogia do Oprimido por Henry Giroux

   " Em primeiro lugar, Pedagogia do Oprimido reescreve a narrativa da educação como um projeto político que, ao mesmo tempo, rompe as múltiplas formas de dominação e amplia os princípios e práticas da dignidade humana, liberdade e justiça social.  Em segundo lugar, Pedagogia do Oprimido retraça o trabalho de ensinar como prática de todos os trabalhadores culturais engajados na construção e organização do conhecimento, desejos, valores e práticas sociais. Ensinar, nos termos de Freire, não é simplesmente estar na sala de aula, mas estar na história, na esfera mais ampla de um imaginário político que oferece aos educadores a oportunidade de uma enorme coleção de campos para mobilizar conhecimentos e desejos que podem levar a mudanças significativas na minimização do grau de opressão na vida das pessoas."

Henry A. Giroux, professor na Universidade da Pensilvânia, um dos mais importantes educadores norte-americanos. Autor de Teoria Crítica e Resistência em Educação

CELEBRAÇÃO

     Sempre chega um dia de nossa vida em que nos tornamos conscientes de que simplesmente somos. Não pedimos para estar aqui,não optamos por estar aqui, simplesmente estamos aqui. Alguns de nós chegam ao mundo com o pleno usufruto e potência de todos os sentidos, outros não. Alguns de nós nascem em meio à riqueza e à abundância, outros em meio à pobreza e à necessidade. Todos entramos na vida com variações de cor de pele, gêneros sexuais e etnias diferentes. Todos passamos a vida em diferentes partes do mundo e em diferentes posições sociais. Todos vivermos a vida de acordo com as matrizes de visões de mundo diferentes. Apesar de toda a variedade e diferenças, temos uma coisa em comum. Todos recebemos a dádiva da vida. Embora todos vivenciem a dor e o sofrimento, provavelmente sem nenhuma justiça aparente, todos sentimos, em certos momentos da vida, a alegria de simplesmente existir. A dádiva da vida é tão preciosa que superamos grandes dificuldades para continuar vivos e ver o que nossa existência nos reserva no futuro. Não sentimos alegria por viver sozinhos. Desde os primórdios de nossa origens, sentimos a alegria de viver na matriz da vida comunitária. A expressão alegria de viver é o âmago daquilo que chamamos de celebração.
 Edmund O'Sullivan - Aprendizagem Transformadora